sexta-feira, 28 de março de 2014

Comunicado da Câmara Municipal de S. João da Madeira


O aparecimento simultâneo de 4 cães mortos na cidade deixa fortes indícios de que terão sido vítimas de ato criminoso.
A Câmara Municipal repudia em absoluto tais atos, solidarizando-se com as justas manifestações de condenação vindas a público.
Qualquer acusação que possa haver à Câmara Municipal ou à Polícia de Segurança Pública relativamente a responsabilidade nestes atos é totalmente falsa, injusta e de extrema gravidade.
Em defesa da saúde e da segurança dos cidadãos, a Câmara Municipal tem a incumbência e a obrigação de controlar os animais vadios ou errantes, nomeadamente, tratando-se de canídeos, procedendo à sua captura e entrega no canil intermunicipal, onde são acolhidos e acompanhados por veterinário.
A Câmara Municipal tem feito a captura, por vezes com a prestimosa colaboração da PSP, sempre no estrito cumprimento da legislação em vigor.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Zoonoses emergentes em Portugal

Ao fazermos uma pesquisa sobre as zoonoses emergentes em Portugal encontrámos este artigo: “Zoonoses emergentes em Portugal” do Prof. Doutor J. A. David de Morais, publicado na revista Mundo Farmacêutico, edição de Setembro/Outubro de 2006 que achamos interessante partilhar:
“Nas décadas de 40 e 50, diversas personalidades médicas exprimiram a opinião de que, por recurso a antibióticos, vacinas, inseticidas, etc., as doenças infeciosas e parasitárias estavam «condenadas a desaparecer». Todavia, volvido que foi meio século, não só várias daquelas doenças aumentaram de incidência como, em muitos casos, tornaram-se ainda mais difíceis de tratar (casos flagrantes da tuberculose e malária, entre outras).
Aliás, ocorre lembrar que, de acordo com a OMS, cerca de 1/3 da mortalidade humana em todo mundo é devida a doenças do foro infecioso e parasitário. Acresce que, nos últimos 20 anos, foram descritos cerca de 30 novos agentes infeciosos que antes eram totalmente desconhecidos da Ciência, sendo que um número considerável deles são zoonoses.
Entre as várias razões que têm contribuído para o aumento da incidência daquelas doenças, haverá que referir: as alterações climáticas; a degradação ambiental; o aumento da toxicodependência, da prostituição e da homossexualidade; o envelhecimento populacional; o aumento das infeções nosocomiais e da resistência aos antibióticos; a maior mobilidade das populações; a eclosão de conflitos bélicos; o aparecimento de novas doenças (doenças emergentes) e o recrudescimento de antigas (doenças reemergentes), etc.
Assim, dada a relevância atual das zoonoses emergentes, dedicar-lhes-emos a nossa atenção, restringindo-nos, todavia, tão-só ao território nacional:
 
1 Arbiviroses
Têm por reservatórios diversos vertebrados, sendo que, grosso modo, as aves assumem uma relevância especial como reservatórios. Foram identificados em Portugal os seguintes arbovírus: Ntaya, Banzi, Dhori, Thogoto, West-Nile, Febre-Hemorrágica Congo-Crimeia e vírus Toscana. As suas manifestações clínicas são também muito diversas, mas serão de referir quadros do tipo gripal, febres hemorrágicas e meningoencefalites.
 
2 Hantaviroses
Os seus reservatórios são roedores. Na Europa, foram identificados os seguintes vírus do género Hantavirus: Puumala, Dobrava-Belgrado e Saaremaa. As infecções por Hantavirus podem ser assintomáticas ou apresentar manifestações de falência renal (impondo, por vezes, a necessidade de recurso à hemodiálise), edema pulmonar não cardiogénico ou até mesmo falência multiórgãos.

3 Ehrlichiose e anaplasmose
Inicialmente, entendia-se que as duas principais bactérias causadoras de «ehrlichiose» pertenciam ambas ao género Ehrlichia, mas estudos filogenéticos subsequentes mostraram tratar-se de dois géneros distintos. Têm como reservatórios diversos animais domésticos e assumem maior importância a Ehrlichia chaffeensis e o Anaplasma phagocytophilum.
A clínica pode consistir apenas em quadros febris, mas estão também descritas falências pulmonares e renais agudas e até mesmo encefalopatias.

4 Rickettsioses
Foram identificadas no nosso País as seguintes rickettsias: R. typhy (produzindo o clássico tifo endémico), R. conorii (responsável pela chamada febre escaronodular ou febre botonosa), R. slovaca (que determina, caracteristicamente, eritema e linfadenopatias), R. helvetica (supostamente responsável por certas cardiomiopatias e por quadros febris sem exantema) e R. sibirica mongolotimonae (que produz o tifo siberiano por carraça e/ou a «linfangite associada a rickettsioses»). A primeira das rickettsias referidas tem como vectores as pulgas dos ratos e as restantes são transmitidas por diversas espécies de carraças.

5 Tularemia
 Os principais reservatórios da Francisella tularensis são, na Península Ibérica, as lebres e os seus quadros clínicos são muito diversificados: úlceras glandulares, pneumonites, situações semelhantes a febres tifóides, septicemias, etc. Em Espanha foram descritos surtos epidémicos relacionados com a caça e manipulação de lebres e também com a pesca ao lagostim de água doce.

6 Bartoneloses
Os principais reservatórios parecem ser os gatos e o próprio homem. Na Europa, foram descritas a Bartonella quintana, B. henselae e B. elizabethae. As manifestações clínicas podem incluir febre, adenopatias, angiomatose bacilar, doença da arranhadura do gato, endocardite, etc.
A infecção assume especial acuidade em indivíduos imunodeprimidos, sendo que, em casos de SIDA, a angiomatose bacilar tem sido mesmo confundida com o sarcoma de Kaposi.

7 Borreliose de Lyme
Os seus vectores são carraças (entre nós, o Ixodes ricinus). Trata-se de uma doença proteiforme («a nova grande simuladora»), podendo apresentar manifestações cutâneas (eritema migrans, linfocitoma e acrodermatite crónica atrófica), articulares (artrite de Lyme), cardíacas (bloqueios de ramo intermitentes, pancardite e, talvez, certas formas de miocardiopatia hipertrófica), oculares (conjuntivite, iridociclite, vasculi­te retiniana, coroidite, nevrite do óptico, panoftalmia, queratite, etc.) e neurológicas (parésias e paralisias periféricas ou cranianas, mielites, encefalites, meningites crónicas, vasculi­tes cerebrais, pseudo tumores cerebrais, síndromes demenciais, quadros like esclerose múltipla, etc.).”
Prof. Doutor J. A. David de Morais
Departamento de Ecologia da Universidade de Évora e Hospital do Espírito Santo de Évora

http://saudepublica.wordpress.com/arquivo/zoonoses/

terça-feira, 4 de março de 2014

Pombos são risco à saúde pública

Problema Dejectos de gaivotas e pombos são risco à saúde pública
As gaivotas e os pombos põem em risco o património e a saúde pública, alerta hoje o Jornal de Notícias (JN), que adianta que os dejectos e bicadas estão a destruir monumentos e edifícios classificados do Porto, e que as gaivotas são um reservatório de bactérias resistentes a antibióticos, semelhantes às que existem nos hospitais.
Gaivotas e pombos são um risco à saúde pública e destroem o património. De acordo com o JN, os dejectos e as bicadas destas aves estão a destruir o granito de monumentos e edifícios classificados do Porto e as gaivotas são um foco de bactérias resistentes a antibióticos, idênticas às que existem nos hospitais.
"Para combater a praga dos ratos, começamos a adoptar os gatos. Esperemos que não suceda o mesmo com as gaivotas e tenhamos de adoptar falcões", aponta o investigador Paulo Martins da Costa, do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS).
As gaivotas são aves territoriais com grande capacidade de adaptação às adversidades, encontrando na cidade Invicta um porto seguro, e até há quem os apelide de ratos com asas, conta o JN.
Estas aves alimentam-se em águas contaminadas, de lixo e de comida de cidadãos generosos ou alimentos destinados a gatos e cães vadios que aproveitam, mas o efeito é preverso. É que estas condições estimulam a reprodução e permanência das gaivotas na cidade, estando a contaminá-la com bactérias muito resistentes.
"São um reservatório. Albergam-nas nos intestinos onde se reproduzem, sendo depois reintegradas no meio ambiente", através das fezes, explica Paulo Martins da Costa. Depois, os dejectos secam e transformam-se em pó que pode acabar ingerido ou inalado pelos humanos. Mas também ficam marcas no património, sendo que, neste caso, os pombos fazem mais estragos do que as gaivotas.
http://www.noticiasaominuto.com/pais/92147/dejectos-de-gaivotas-e-pombos-s%C3%A3o-risco-%C3%A0-sa%C3%BAde-p%C3%BAblica#.UxWoM03ivmQ

Por isso a importância de cumprir as normas de Higiene, limpeza e salubridade das vias e outros lugares públicos e não alimentar animais na via publica. Em São João da Madeira pode incorrer em coimas que vão de €30,00 a € 300,00 (Regulamento Municipal de Resíduos Sólidos Urbanos e Limpeza Urbana aprovado a 10 de Fevereiro de 2009 em que no Art. 17º da Secção IV e o Art. 32º alíneas: a), b), d) e e) da Secção II do Capítulo IV bem como o Anexo I).