terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Ter cães em casa pode oferecer proteção contra a asma

A exposição regular a cães na infância pode prevenir o risco de desenvolvimento de alergias e ajudar a reduzir a asma.










De acordo com uma investigação de cientistas da Universidade da Califórnia–São Francisco e da Universidade do Michigan, que utilizou ratos de laboratório, quando expostos a pó de casas em que habitavam cães, o microbioma gastrointestinal destes ratos alterou-se. Os cientistas observaram uma redução da reatividade do sistema imunitário a alergénicos comuns nos ratos expostos a pó de casas com cães.
A resposta inflamatória nos pulmões, normalmente associada à asma, foi também significativamente reduzida nestes ratos, ao contrário dos ratos expostos a pó de casas em que não habitavam cães.
De acordo com os responsáveis por este estudo, o pó das casas associadas a cães protege contra alergias e contra a asma. Susan Lynch, do Departamento de Gastroenterologia da Universidade da Califórnia – São Francisco, diz que este estudo terá aplicações no futuro e que “a manipulação do microbioma pode representar uma nova estratégia terapêutica para proteger os indivíduos de infeções pulmonares e de doenças alérgicas respiratórias”.



sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Fauna Urbana – a vida selvagem à nossa porta

Ao contrário do que muitas pessoas poderiam supor, as cidades não são domínio exclusivo dos seres humanos. Nos jardins, lagos, hortas e edifícios é possível encontrar uma miríade de seres vivos que aprendeu a tirar partido dos diferentes habitats das nossas urbes. São aves e mamíferos, mas também répteis e anfíbios cuja vizinhança muitas vezes desconhecemos mas que partilham connosco a selva urbana.

Quando há 12 000 anos atrás surgiram, no Crescente Fértil, as primeiras cidades, dificilmente os seus habitantes poderiam imaginar que milhares de anos mais tarde as suas urbes de adobe, madeira e pedra, haveriam de evoluir para gigantescas «ilhas» de tijolo, vidro, betão e aço onde vivem actualmente mais de 1500 milhões de pessoas. Talvez as cidades modernas tenham poucos encantos naturais quando comparadas com as primitivas cidades Sumérias, apesar disso também elas se converteram em redutos ecológicos importantes para inúmeras espécies de animais selvagens, a ponto destas chegarem a ser consideradas como ecossistemas completos nos quais a biodiversidade se relaciona entre si e com o meio envolvente com a mesma perfeição com que o faz nos espaços inalterados pelo Homem.
Mas o que terá levado tantas espécies animais, algumas delas raras nos seus habitats naturais, a ocupar estes ambientes artificiais criados pelo Homem, a adaptar-se a eles e a prosperar? Aparentemente, a resposta é simples: abundância de alimento, fruto dos desperdícios orgânicos dos habitantes humanos; ausência quase total de predadores e maior tolerância por parte dos seres humanos; abundância de abrigos e nichos ecológicos (ex.: casas abandonadas, ruínas, torres de igrejas, cemitérios, telhados, varandas, terraços, pátios, jardins, hortas, árvores, lagos, fontes, esgotos e todo o tipo de canalizações subterrâneas); e condições climatéricas mais acolhedoras, sobretudo em termos de temperatura, pois as cidades funcionam como «ilhas de calor» que, em média, registam temperaturas 1,5 ºC acima dos valores que se verificam fora do espaço urbano. Em certos casos, a adaptação à vida urbana foi de tal forma bem sucedida que algumas espécies de animais simplesmente deixaram de conseguir sobreviver sem a presença do Homem, como acontece, por exemplo, com os vulgares pardais-domésticos (Passer domesticus), que não sobrevivem em povoações que tenham sido abandonadas pelos residentes humanos.

Mas nem tudo são rosas para esta fauna urbana. Exposta a todo o tipo de perigos, os animais da cidade têm uma esperança média de vida relativamente curta, situação viável apenas devido a uma elevada fertilidade que permite a algumas espécies contrabalançar as pesadas perdas provocadas por factores como a poluição atmosférica; o excesso de ruído; os atropelamentos; a falta de refúgios nas edificações modernas; a escassez de vegetação; e até o elevado nível de stress a que muitas «espécies urbanas» estão sujeitas, como o comprovam estudos etológicos realizados em populações de aves urbanas, segundo os quais estes animais apresentam níveis de stress e hiperactividade comparáveis aos de um alto executivo humano.
Ao contrário do que se poderia supor, as cidades não são domínio exclusivo dos seres humanos. Nos jardins, lagos, hortas e edifícios é possível encontrar uma miríade de seres vivos que aprendeu a tirar partido dos habitats das nossas urbes.

Lisboa, uma cidade «selvagem»
Dependendo da localização e da quantidade e qualidade dos habitats disponíveis, as cidades atraem maior ou menor diversidade de animais. De todos os grupos de animais que frequentam ou habitam as nossas cidades, as aves são, claramente, o mais abundante. Mas não se pense que as aves se resumem aos pardais, às pombas, às gaivotas ou às andorinhas. Com efeito, a elevada capacidade de adaptação das aves, aliada a uma maior diversidade de espécies, converteu-as em verdadeiras estrelas da nossa fauna urbana, proporcionando às populações de muitas cidades portuguesas, nomeadamente daquelas onde abundam parques e jardins, terrenos baldios e/ou zonas ribeirinhas, a oportunidade de tomar contacto com o mundo novo da «ornitologia urbana».

Lisboa possui, talvez, a maior e mais estudada comunidade de aves urbanas do país. De acordo com Hélder Costa, ornitólogo da SPEA (Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves) e autor do livro Lisboa AVES, «nidificam actualmente em Lisboa cerca de 28 espécies, embora o número total de espécies registadas ronde as 138». Apesar deste número, poucos serão os lisboetas que conhecem verdadeiramente as suas aves. Com efeito, refere este ornitólogo, «com excepção dos pombos, das gaivotas e dos pardais, de uma forma geral, a maior parte dos lisboetas não se apercebe muito da existência de aves da cidade» o que, tendo em conta a profusão de espécies que ocupa a capital, não deixa de ser sintomático do alheamento dos habitantes humanos face aos seus vizinhos alados. Na verdade, a maioria dos lisboetas continua a desconhecer que entre os seus vizinhos se incluem espécies tão singulares como, por exemplo, os flamingos (Phoenicopterus ruber) que por vezes aparecem na zona do Parque Expo; os peneireiros (Falco tinnunculus) que nidificam desde o final da década de 90 nos respiradouros da Torre do Tombo e que frequentam algumas zonas da cidade, especialmente onde ainda subsistem terrenos baldios, parques de média dimensão ou restos de antigas quintas (zona do aeroporto, zona das Olaias, etc.); os andorinhões-pálidos (Apus pallidus), que criam em grande número nos edifícios antigos do centro histórico; as alvéolas-brancas (Motacilla alba), que se aglomeram às dezenas todas as noites nas árvores-dormitório da Praça de Espanha; os falcões-peregrinos (Falco peregrinus), que por vezes sobrevoam o parque Eduardo VII ou utilizam as pontes 25 de Abril e Vasco da Gama como poiso altaneiro; ou ainda as esquivas garças-nocturnas (Nycticorax nycticorax), que por vezes frequentam os lagos dos jardins da cidade, como acontece no Hospital D. Estefânia.
 
Manuel Nunes (texto) e Jorge Nunes (fotografia)

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Cães reduzem pressão arterial dos donos

De acordo com um estudo da Universidade de Maryland, nos Estados Unidos da América, os cães reduzem a pressão arterial dos donos.
 
 
 
O estudo envolveu 32 proprietários de animais de estimação, que usaram um dispositivo que media a pressão arterial a cada 20 minutos durante o dia. “Este é o primeiro estudo a analisar a pressão arterial sob condições normais de vida com animais presentes”, refere Erika Friedman, responsável pela pesquisa. “O estudo permitiu avaliar o impacto em tempo real dos animais nos seus donos”.
21 participantes possuíam apenas cães e os resultados demonstram que a presença de um cão reduziu significativamente a pressão arterial sistólica e a pressão arterial diastólica. “Este estudo evidencia o impacto positivo dos cães em indivíduos com hipertensão”, refere a investigadora.
Oito dos participantes possuíam apenas gatos e os resultados demonstraram que, em média, a pressão arterial diastólica era mais baixa e a pressão arterial sistólica era mais alta quando os gatos estavam presentes.
 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Em caso de Catástrofe

Em caso de uma catástrofe ou emergência só poderá contar consigo. Além de ter um kit para manter a sua família, deve considerar criar um para o sue cão ou gato. Tal é simples. Basta ter ração para uma semana no mínimo, água igualmente para uma semana, consoante o tamanho ou peso dele, A medicação adequada caso a tome, Betadine, água oxigenada e álcool, Trela e coleira com identificação, um cobertor, um brinquedo caso ele o use, identificação e registo vacinal. No caso de gatos, uma transportadora ou saco de transporte pode ser essencial. Pode considerar que não precisa de se preocupar visto viver em Portugal, mas não estamos livres de sofrer com as alterações climáticas e é tão simples prevenir.....
 
 
 
 
 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Junta quer saber a existência de todos os cães considerados perigosos na cidade

A Junta de Freguesia está a fazer um levantamento dos cães considerados perigosos existentes na cidade, bem como proceder à regularização das respectivas licenças que, em muitos casos, passam já dos três anos. A presidente da Junta mostra-se ainda preocupada com o número de animais abandonados na cidade e está a mover esforços no sentido de resolver uma situação que há muito preocupa os sanjoanenses.
Não se sabe ao certo o número de animais abandonados e aqueles que são considerados perigosos existentes na cidade. Para resolver este e outros assuntos, a presidente da Junta de Freguesia de S. João da Madeira irá reunir hoje, quinta-feira, com a nova subcomissária da PSP, para que juntas possam encontrar soluções para este problema, bem como para os cães abandonados e para os cães que não têm as licenças actualizadas. Quanto aos animais considerados perigosos e dos quais não existe qualquer tipo de registo na Junta de Freguesia, “vamos com a subcomissária ao Parque para que possa conhecer a situação das matilhas que lá existem e de onde surgem várias reclamações”. Helena Couto, presidente da Junta de Freguesia de S. João da Madeira, é a favor das parcerias. O registo dos cães é uma competência da Junta de Freguesia, “mas existem coisas que a junta não pode obrigar mas a PSP sim” e, por isso, “esta acção em conjunto”.


http://www.oregional.pt/pt/newspaper/3490/local/junta-quer-saber-a-existencia-de-todos-os-caes-considerados-perigosos-na-cidade.html